estive pensando em tantas coisas nesses últimos dias...
tá tudo tão complicado...
quanto a banda o que eu posso dizer é que: Tá muito dificil de todos nos encontrarmos... os horários não batem...
Mas outro dia entrei no ônibus... a caminho da faculdade e encontrei o Fred... um amigaço de tempos atrás...
eu e ele conversamos sobre música, Brasília e insônia...
no fim das contas decidimos fazer um som juntos, só pra se divertir... tenho pensado nas músicas que não foram aproveitadas pela Aurora e alguns poemas que gostaria de musicar... dentre eles tem esse aqui... que foi escrito por Ferreira Goulart...
Uma parte de mim
é todo mundo:
outra parte é ninguém:
fundo sem fundo.
Uma parte de mim
é multidão:
outra parte estranheza
e solidão.
Uma parte de mim
pesa, pondera:
outra parte
delira.
Uma parte de mim
almoça e janta:
outra parte
se espanta.
Uma parte de mim
é permanente:
outra parte
se sabe de repente.
Uma parte de mim
é só vertigem:
outra parte,
linguagem.
Traduzir uma parte
na outra parte
— que é uma questão
de vida ou morte —
será arte?
e penso o quanto tem a haver comigo... esse poema... fala mais de mim do que eu queria... mesmo sendo escrito por Ferreira Goulart...
projeto em mente... a estrada é longa...
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